Confira a atividade de texturas e criatividade nas artes, elaborada para o 1º ano do Ensino Fundamental, com gabarito e alinhada à BNCC.

Nesta atividade, as crianças vão vivenciar a arte de maneira ativa, sensível e divertida. A proposta utiliza a surpresa e a curiosidade como ponto de partida, com uma “Caixa do Mistério” recheada de materiais inusitados. Cada aluno será desafiado a tocar um objeto sem ver e, a partir da textura sentida, criar uma composição artística que expresse sua imaginação, seu olhar sobre o mundo e sua relação com os sentidos.

Essa abordagem estimula o tato, a visão, e também favorece o diálogo, a escuta, o respeito às diferenças e a apreciação do trabalho do outro. A criança passa a valorizar tanto o processo quanto o produto final, e compreende que a arte vai muito além do desenho “bonito”: ela envolve sentir, pensar, experimentar e comunicar.

Essa vivência é perfeita para introduzir, de forma significativa e prazerosa, conceitos básicos das artes visuais como textura, forma, cor e composição, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento da linguagem simbólica e do repertório criativo individual.

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Objetivos da atividade de texturas e criatividade

• Estimular a percepção sensorial por meio do tato e da visão;
• Desenvolver a criatividade e a imaginação infantil;
• Relacionar formas, cores e texturas com significados e expressões pessoais;
• Ampliar o vocabulário artístico e a capacidade de expressão simbólica;
• Estimular o uso sustentável de materiais diversos e recicláveis;
• Promover a socialização e a apreciação coletiva das criações.

Materiais necessários

Para montar a Caixa do Mistério:

• 1 caixa grande com tampa ou abertura (pode ser de papelão ou outro material)
• Fazer um buraco lateral na caixa para os alunos colocarem a mão sem olhar

Materiais de diferentes texturas (sugestões):

• Algodão
• Papel bolha
• Lixa
• Papel crepom
• EVA
• Tecido
• Folhas secas
• Botões
• Pedaço de corda ou barbante
• Penas
• Esponjinha
• Lã

Materiais para desenho e colagem:

• Papel sulfite ou cartolina A4
• Lápis de cor, giz de cera, canetinhas
• Tesoura sem ponta
• Cola branca ou bastão

Etapas da atividade

Abaixo, temos a descrição de cada etapa para aplicar a atividade em sala.

Exploração inicial: “Sentindo com as mãos”

Antes de iniciar a prática, o(a) professor(a) realiza uma conversa interativa com a turma para introduzir o conceito de textura. Pode-se usar perguntas como:

• "Você já encostou em algo muito macio? Como era?"
• "Você já sentiu algo áspero ou que pinicava?"

Em seguida, apresenta alguns exemplos visuais e táteis simples com o próprio material escolar, como a borracha, lápis, capa do caderno, folhas... Os alunos tocam, observam, descrevem e comparam sensações. Essa fase desperta a curiosidade e o vocabulário sensorial, promovendo uma escuta ativa e colaborativa.

Apresentação da Caixa do Mistério

Agora é o momento da surpresa! O(a) professor(a) mostra a “Caixa do Mistério” e explica como ela funciona:

• Apenas uma abertura para a mão, sem poder espiar.
• Dentro, materiais diferentes e misteriosos.

A turma é instigada a imaginar o que pode estar lá dentro, promovendo antecipação e envolvimento emocional. O(a) professor(a) explica que o objetivo é descobrir a textura apenas com o toque e depois criar um desenho baseado na sensação.

Sorteio individual – “O toque secreto”

Cada aluno, respeitando sua vez, coloca a mão na caixa e escolhe um material surpresa sem olhar.
Ao retirar, o(a) professor(a) pergunta:

• “Como você descreveria esse material?”
• “É áspero, liso, macio, fofinho, duro?”

Esse momento é essencial para desenvolver a oralidade, a observação e o vocabulário descritivo. O material sorteado será a base para a criação artística. Se necessário, o(a) professor(a) ajuda a nomear a textura e reforça a associação sensorial.

Criação artística – “Minha obra com textura”

Com o material em mãos, os alunos recebem folhas de papel para desenhar algo inspirado na sensação do objeto. O foco é incentivar a imaginação:

• Se for algodão → desenhar nuvens, ovelhas, travesseiros.
• Se for lixa → criar monstros, pedras, escamas.
• Se for tecido → representar roupas, cortinas, mantas.
• Se for folha seca → desenhar árvores, outono, florestas.

Após o desenho, cada criança cola o material sorteado sobre o papel, incorporando-o à composição. A combinação entre textura real e desenho estimula a associação criativa e o pensamento simbólico.

Dica: Deixe os materiais de apoio (lápis, cola, tesoura) acessíveis em “estações criativas” para incentivar a autonomia.

Socialização – “Apresentando minha arte”

Com a obra pronta, é hora da criança apresentar sua criação ao grupo. O(a) professor(a) pode orientar perguntas como:

• “O que você sentiu quando tocou esse material?”
• “Por que desenhou isso?”
• “Onde colou o material? O que ele virou no seu desenho?”

Esse momento promove autoexpressão, autoestima, escuta e respeito pela criação do outro, além de reforçar a importância do processo criativo, mais do que o resultado estético.

Exposição – Galeria: As Texturas da Imaginação

Finalize a experiência montando uma galeria na parede ou no mural da sala com as produções dos alunos. Dê um título coletivo como:
“As Texturas da Imaginação”
“Desenhos que dá vontade de tocar”
“Sentir, criar e colar”

A exposição valoriza o trabalho de cada criança, cria um ambiente acolhedor e artístico e incentiva a apreciação coletiva. Pode-se convidar outras turmas ou famílias para visitar.

Habilidades trabalhadas na atividade de texturas e criatividade