Confira atividade sobre Fim da Monarquia e início da República no Brasil. Esta atividade foi elaborada para turmas de história do Ensino Médio e aborda os confrontos ideológicos e sociais que marcaram o fim da monarquia e o início da República, analisando o liberalismo, comparando conceitos e constituições, e investigando os movimentos abolicionista e republicano. Ao final, confira as habilidades da BNCC que regem essa atividade e o gabarito.
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1) Explique como o conceito de liberalismo foi apropriado e reinterpretado no contexto do Império Brasileiro. Em seguida, discuta de que maneira essa apropriação se modificou (ou não) com o advento da República, apontando para continuidades e rupturas ideológicas.
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2) Confrontar os conceitos de Monarquia e República vai além de uma simples distinção de Chefes de Estado. Apresente os princípios fundamentais que distinguem esses dois sistemas de governo, destacando, especificamente no contexto brasileiro, como cada um deles abordava a participação política e a organização do poder.
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3) A transição da Monarquia para a República no Brasil foi marcada por profundas mudanças na estrutura jurídica do Estado. Compare a Constituição do Império (1824) com a primeira Constituição Republicana (1891), identificando:
a) O que se explicitou e o que se silenciou em termos de direitos e garantias individuais.
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b) Os avanços e recuos nos direitos de cidadania presentes em cada um dos documentos.
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Leia abaixo o Trecho do Manifesto Republicano de 1870 para responder a questão 4.

4) Com base no trecho do Manifesto Republicano de 1870 e nos seus conhecimentos sobre o período, a principal crítica dos republicanos à Monarquia, expressa neste fragmento, estava relacionada à:
a) Falta de um exército profissional e bem treinado para defender o país de possíveis invasões estrangeiras.
b) Oposição do Império ao movimento abolicionista, que era o foco central de todas as pautas republicanas.
c) Natureza antidemocrática do regime monárquico, que impedia a modernização do país e o alinhamento com as repúblicas vizinhas.
d) Elevada carga tributária imposta pelo imperador, que inviabilizava o desenvolvimento econômico do país.
5) Relacione os personagens históricos da Coluna I com as características ou ideias associadas à sua participação no processo político do final do Império e início da República, apresentadas na Coluna II.
Coluna I
1) Benjamin Constant
2) Princesa Isabel
3) Luiz Gama
4) Deodoro da Fonseca
Coluna II
( ) Militar positivista que liderou o golpe que depôs a Monarquia e proclamou a República.
( ) Atuou como advogado e jornalista, sendo um dos maiores expoentes do movimento abolicionista, defendendo a liberdade dos escravizados por via judicial.
( ) Regente do Império durante o Segundo Reinado, foi responsável pela assinatura da Lei Áurea, o que lhe rendeu o apelido de “Redentora”.
( ) Inspirador do Republicanismo Positivista, defendia um governo forte e centralizado, com foco na ordem e no progresso, influenciando os militares.
6) A abolição da escravatura no Brasil não foi um evento isolado, mas parte de um contexto social e econômico complexo. Relacione as políticas de imigração promovidas pelo Estado brasileiro no final do século XIX com o processo de abolição da escravatura. Explique como a necessidade de mão de obra e os ideais raciais da época influenciaram essa relação
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Analise a charge de Angelo Agostini abaixo para responder a questão 7:

7) A charge acima, intitulada “Escravidão ou Morte!”, é uma representação crítica do período imperial brasileiro. Analise a imagem e seus elementos e, com base nela e nos seus conhecimentos históricos, assinale a alternativa que melhor descreve um dos principais fatores de desgaste e contradição da Monarquia brasileira no final do Segundo Reinado.
a) A forte oposição do Imperador Dom Pedro II ao trabalho assalariado e sua preferência exclusiva pela mão de obra europeia.
b) O apoio irrestrito da Coroa à Igreja Católica e a perseguição às religiões de matriz africana, o que gerava grande instabilidade social.
c) A incapacidade do governo imperial de expandir suas fronteiras e o receio de guerras com países vizinhos, que impedia o desenvolvimento econômico.
d) A contradição entre a manutenção da escravidão e o discurso de modernidade e liberalismo do Império, evidenciando a persistência de uma estrutura social arcaica.
8) O 15 de novembro de 1889 é frequentemente retratado como um evento sem grande participação popular. Analise criticamente essa visão, discutindo as diferentes perspectivas sobre o papel das camadas populares no processo de proclamação da República e as implicações dessa ausência (ou presença limitada) para a legitimidade do novo regime.
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9) A “Questão Religiosa” foi um conflito significativo entre a Igreja Católica e o Estado Imperial Brasileiro no final do século XIX, contribuindo para o desgaste da Monarquia. Sobre essa questão, analise as proposições a seguir:
I. O conflito teve como um de seus estopins a proibição, por parte de bispos brasileiros, de confrarias religiosas que aceitavam maçons em suas fileiras, contrariando as ordens imperiais.
II. A Monarquia brasileira, por meio do regime de Padroado, detinha o direito de nomear bispos e vetar decisões papais (Beneplácito), o que gerou atritos com a Igreja que buscava maior autonomia.
III. A Questão Religiosa resultou em um fortalecimento imediato do apoio popular e clerical à Monarquia, uma vez que o Imperador defendeu a fé católica contra as inovações estrangeiras.
Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões):
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
10) Embora a Proclamação da República de 1889 tenha representado uma ruptura formal com o sistema monárquico, diversos elementos e estruturas do Império Brasileiro persistiram ou foram adaptados no novo regime. Qual das alternativas abaixo apresenta corretamente uma importante continuidade do período imperial na Primeira República?
a) A persistência da elite agrária no controle político e econômico do país, especialmente a oligarquia cafeeira, que manteve sua influência.
b) A manutenção do sistema de voto censitário e a ampla participação das camadas populares nas eleições.
c) A abolição imediata da escravidão e a integração social e econômica plena dos ex-escravizados.
d) O fim do positivismo como ideologia dominante e a implantação de um sistema político baseado unicamente no liberalismo clássico.
Habilidades trabalhadas na atividade sobre fim da Monarquia e início da República no Brasil | Descrição |
EM13CHS603 | Analisar a formação de diferentes países, povos e nações e de suas experiências políticas e de exercício da cidadania, aplicando conceitos políticos básicos (Estado, poder, formas, sistemas e regimes de governo, soberania etc.) |
EM13CHS503 | Identificar diversas formas de violência (física, simbólica, psicológica etc), suas principais vítimas, suas causas sociais, psicológicas e afetivas, seus significados e usos políticos, sociais e culturais, discutindo e avaliando mecanismos para combate-las, com base em argumentos éticos. |
EM13CHS101HI01PE | Analisar diferentes narrativas sobre um mesmo acontecimento, considerando as memórias individuais e coletivas, as críticas das fontes históricas e as diferentes correntes teórico-metodológicas do campo historiográfico. |
EM13CHS102 | Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos. |
Gabarito da atividade sobre fim da Monarquia e início da República no Brasil
Atividade 1: No Império, o liberalismo foi apropriado de forma seletiva e contraditória. Embora houvesse um discurso liberal na política (com eleições, partidos, liberdade de imprensa), a prática era marcada por um liberalismo “de fachada”. O Poder Moderador, o voto censitário, a manutenção da escravidão e a forte centralização política limitavam a efetividade dos princípios liberais de igualdade e liberdade. Com a República, houve a manutenção de certos ideais liberais, como a separação dos poderes, a federação e a laicidade do Estado (rupturas). No entanto, o liberalismo republicano também apresentou continuidades com o Império, como a exclusão das camadas populares da participação política (voto restrito), a permanência das desigualdades sociais e econômicas, e a hegemonia das elites agrárias, que reinterpretavam o liberalismo para defender seus próprios interesses, muitas vezes em detrimento de direitos sociais mais amplos.
- Atividade 2: A monarquia era um sistema de governo em que o chefe de Estado (rei/imperador) é hereditário e vitalício. No Brasil Imperial, era marcada pelo Poder Moderador (exclusivo do Imperador), centralização política, regime de Padroado (subordinação da Igreja ao Estado) e voto censitário e indireto, o que limitava a participação popular. A soberania residia na figura do monarca, e não na nação/povo de forma plena. Já a republica é um sistema de governo em que o chefe de Estado (presidente) é eletivo e temporário. No Brasil Republicano, buscou-se a descentralização do poder (federalismo), a separação mais clara entre Igreja e Estado (laicidade), e o sufrágio universal masculino (ainda que com exclusões de analfabetos, mulheres, soldados, etc.), que, em tese, ampliaria a participação política. A soberania popular se tornava o princípio formal, embora na prática a participação continuasse restrita por diversos mecanismos.
Atividade 3:
a) A Constituição de 1824, do Império, explicitava direitos civis, mas silenciava sobre direitos políticos amplos (voto restrito) e sobre a abolição da escravidão, legitimando-a indiretamente. O Poder Moderador era um silêncio em relação à plena tripartição de poderes, concentrando um poder excessivo no Imperador. Já a Constituição de 1891, da República, explicitou a laicidade do Estado, a liberdade de culto e a federação. Manteve direitos civis e buscou formalizar o sufrágio universal masculino (em tese), mas silenciou sobre a condição dos ex-escravizados, não prevendo políticas de inclusão. Manteve restrições ao voto (analfabetos, mulheres, praças).
b) Na de 1824 houve o recuo na cidadania pela forte restrição do voto (censitário e indireto) e pela manutenção da escravidão. O conceito de cidadão era limitado pela renda. Já na 1891, houve ovanço aparente na cidadania pela formalização do voto universal masculino e pela separação Igreja-Estado (que retirava a religião como critério de cidadania). No entanto, houveram recuos práticos ao excluir analfabetos (a grande maioria da população), mulheres e praças, o que limitou a cidadania a uma parcela pequena da população masculina alfabetizada.
Atividade 4: Alternativa C
Atividade 5:Ordem correta: 4 – 3 – 2 – 1
Atividade 6: A abolição da escravatura gerou uma demanda por nova mão de obra. As políticas de imigração do final do século XIX foram intensificadas para suprir essa necessidade, priorizando imigrantes europeus. Essa preferência era influenciada por um ideário racial que buscava o “embranquecimento” da população brasileira e associava a imigração europeia ao progresso e à modernização do país.
Atividade 7:Alternativa D
Atividade 8: A proclamação da República em 1889 é amplamente vista como um golpe militar sem grande participação popular, marcada pelo desinteresse da maioria da população por uma mudança de regime que não prometia melhorias imediatas em suas condições de vida. Essa ausência de base popular inicial resultou em um regime que dependeu de acordos entre as elites (oligarquias) e do controle militar para se legitimar, sem a plena consolidação da democracia para a maioria dos brasileiros.
Atividade 9:Alternativa C
Atividade 10:Alternativa A