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Confira a atividade de Biologia sobre taxonomia, a classificação dos seres vivos, com biodiversidade e evolução, elaborada para o Ensino Médio, com gabarito e alinhada à BNCC. Pronta para usar com tudo para sala de aula.
A proposta foi pensada para aprofundar os conhecimentos sobre a forma como os cientistas organizam e classificam a imensa diversidade de seres vivos existentes no planeta, conectando esse processo à compreensão da evolução e às estratégias de preservação ambiental.
A taxonomia, como ciência que descreve, identifica e nomeia os organismos, é fundamental para a Biologia, pois permite não apenas organizar a vida em grupos hierárquicos, mas também revelar as relações de parentesco evolutivo entre as espécies. Essa abordagem, hoje baseada em dados genéticos e na sistemática filogenética, mostra que classificar é também reconstruir a história da vida na Terra.
Além disso, a atividade incentiva os estudantes a refletirem sobre a importância da conservação da biodiversidade, analisando como a correta identificação de espécies e a compreensão de sua posição nos ecossistemas contribuem para políticas de preservação e para a manutenção do equilíbrio ecológico. Também estimula a análise crítica sobre a evolução biológica e o papel da ancestralidade comum na formação da diversidade que conhecemos hoje.
Com questões discursivas e objetivas, o material favorece o desenvolvimento de habilidades de argumentação científica, interpretação de cladogramas, aplicação de conceitos evolutivos e análise de problemas ambientais, proporcionando uma aprendizagem ativa e significativa.
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Questões
1) Explique por que a taxonomia é considerada uma ciência em constante revisão. Dê um exemplo de como novas descobertas científicas podem alterar a posição taxonômica de um grupo de organismos.
2) Qual das alternativas melhor explica a diferença entre sistemática filogenética e a classificação tradicional de Lineu?
a) Lineu usava caracteres moleculares, enquanto a filogenética se baseia em morfologia.
b) A filogenética considera ancestralidade comum, enquanto Lineu classificava por semelhança morfológica.
c) Lineu criou o conceito de cladograma, enquanto a filogenética aboliu esse recurso.
d) A filogenética organiza os seres vivos por habitat, enquanto Lineu fazia por reinos.
3) Analise o cladograma proposto pelo biólogo Charles Santos e explique:
a) Explique o que significa o termo “Reptilia monofilético” no contexto do cladograma.
b) Justifique, com base na árvore evolutiva, por que as aves são consideradas descendentes diretas dos dinossauros.
c) Compare a posição de mamíferos e répteis no cladograma, explicando o que isso revela sobre sua história evolutiva.
4) Complete corretamente:
O sistema atual de classificação divide os seres vivos em três domínios: _________, _________ e _________.
O grupo dos fungos, antes classificados com as plantas, hoje é reconhecido como mais próximo dos _________.
5) Analise a importância da taxonomia para a conservação da biodiversidade. Como a correta identificação de espécies influencia políticas ambientais e projetos de preservação?
6) Assinale V (verdadeiro) ou F (falso):
( ) Espécies crípticas são geneticamente diferentes, mas morfologicamente idênticas.
( ) A nomenclatura binomial utiliza três nomes para identificar cada organismo.
( ) O gênero é uma categoria taxonômica mais ampla que a família.
( ) O DNA tem papel fundamental na revisão de classificações taxonômicas modernas.
7) Explique por que esses três animais - tubarão, golfinho e ictiossauro - apresentam formas corporais semelhantes, mas pertencem a grupos taxonômicos diferentes. O que isso nos mostra sobre convergência evolutiva?
8) O nome científico do ser humano é Homo sapiens. Isso significa que:
a) O gênero é sapiens e a espécie é Homo.
b) A espécie é Homo sapiens, sendo Homo o gênero.
c) O gênero e a espécie são idênticos.
d) A nomenclatura foi criada por Darwin no século XIX.
9) Discuta a frase: “Classificar é também reconstruir a história da vida”. Relacione o papel da taxonomia com a evolução e a ancestralidade comum.
10) Em 2015, foi descrita uma nova espécie de primata brasileiro: Callicebus miltoni. O ato de “descrever uma espécie” significa:
a) Dar um nome popular aceito pela comunidade científica.
b) Reconhecer diferenças morfológicas em relação a outras espécies.
c) Publicar em revista científica um diagnóstico completo, nome binomial e critérios de distinção.
d) Inserir a espécie diretamente em listas de conservação da ONU.
Habilidades trabalhadas
| Código | Descrição |
|---|---|
| EM13CNT202 | Analisar as diversas formas de manifestação da vida em seus diferentes níveis de organização, bem como as condições ambientais favoráveis e os fatores limitantes a elas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros). |
| EM13CNT206 | Discutir a importância da preservação e conservação da biodiversidade, considerando parâmetros qualitativos e quantitativos, e avaliar os efeitos da ação humana e das políticas ambientais para a garantia da sustentabilidade do planeta. |
| EM13CNT208 | Aplicar os princípios da evolução biológica para analisar a história humana, considerando sua origem, diversificação, dispersão pelo planeta e diferentes formas de interação com a natureza, valorizando e respeitando a diversidade étnica e cultural humana. |
Gabarito da atividade de taxonomia: classificação dos seres vivos
Atividade 1:
Porque a taxonomia é uma ciência hipótese-dependente: novas evidências (fósseis, morfologia fina, DNA/filogenia, bioinformática) levam à revisão de relações de parentesco e redefinição de táxons. Exemplos válidos: (i) Fungos deixaram de ser aproximados às plantas e são hoje reconhecidos como mais próximos dos animais; (ii) Aves incluídas dentro de Reptilia (descendência de terópodes); (iii) Baleias agrupadas com artiodáctilos (hipopótamos) no clado Cetartiodactyla; (iv) “Protista” fragmentado em vários clados.
Atividade 2:
Alternativa b. (Filogenética foca ancestralidade comum/sinapomorfias; Lineu organizava sobretudo por semelhança morfológica.)
Atividade 3:
a) Reptilia monofilético: o grupo inclui todo o descendência do ancestral comum—isto é, répteis + aves (evita o antigo “Reptilia” parafilético que excluía aves).
b) A árvore mostra aves dentro da linhagem de dinossauros terópodes; há sinapomorfias compartilhadas e evidências fósseis e moleculares sustentando a descendência.
c) Mamíferos (Sinapsida) e répteis + aves (Sauropsida) divergem no nível de amniotas; revelam histórias evolutivas distintas desde um ancestral amniota comum (diferenças em crânio, pele, fisiologia, etc.).
Atividade 4:
Archaea, Bacteria e Eukarya; animais (opisthokonta).
Atividade 5:
A taxonomia garante identificação correta (evita confundir espécies), delimita espécies crípticas, define unidades evolutivas (ESUs), mapeia endemismo e ameaças, orienta listas vermelhas (IUCN) e políticas de manejo/recuperação de habitats; sem nomenclatura estável e diagnósticos, planos de conservação perdem eficácia.
Atividade 6:
(V) Espécies crípticas: geneticamente distintas, morfologicamente muito semelhantes.
(F) Binomial usa dois nomes (gênero + epíteto específico).
(F) Gênero é mais restrito que família.
(V) Dados de DNA são centrais nas revisões atuais.
Atividade 7:
É convergência evolutiva: formas hidrodinâmicas semelhantes surgem por pressões ambientais aquáticas, não por parentesco próximo. Tubarão = peixe cartilaginoso (Chondrichthyes); golfinho = mamífero; ictiossauro = réptil fóssil. As semelhanças são análogas, não homólogas.
Atividade 8:
Alternativa b. (Homo sapiens é a espécie; Homo é o gênero.)
Atividade 9:
Classificar = reconstituir a história da vida: a sistemática filogenética organiza taxa como clados que refletem ancestralidade comum e ramificações evolutivas, permitindo interpretar tempo, parentesco e inovações (sinapomorfias) ao longo da evolução.
Atividade 10:
Alternativa c. (Descrição formal exige publicação científica com diagnóstico, nome binomial, material-tipo/holótipo e critérios de distinção segundo o Código pertinente.)
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