Confira essa atividade de escala cartográfica, um dos conceitos mais importantes da Geografia para entender como o nosso mundo é representado em mapas. Vamos explorar o que é a escala, seus diferentes tipos e como realizar cálculos de distâncias e áreas a partir dela. Ao final, confira as normas da BNCC que regem essa atividade e o gabarito.
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1) Defina com suas palavras o que é escala cartográfica e explique qual sua importância fundamental para a leitura e interpretação de mapas.
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2) Explique a principal diferença entre escala numérica (ou fracionária) e escala gráfica. Para cada tipo, crie um exemplo que ilustre sua representação.
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3) Analise as duas escalas numéricas apresentadas a seguir:
A) 1:10.000
B) 1:5.000.000
Qual dessas escalas representa uma área maior no terreno real? E qual delas permite visualizar um nível de detalhe superior na representação cartográfica? Justifique suas respostas.
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4) Um mapa foi confeccionado na escala numérica de 1:250.000. Se a distância medida entre dois pontos no mapa é de 4 cm, qual é a distância real em quilômetros entre esses dois pontos? Apresente o cálculo detalhado.
5) Imagine que você é um urbanista e precisa elaborar um plano detalhado para a implementação de uma nova rede de transporte público em um bairro específico. Qual tipo de escala de mapa (grande ou pequena) seria mais adequada para essa finalidade e por quê?
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6) Por que um mapa-múndi, que busca representar toda a superfície do planeta Terra, geralmente possui uma escala muito pequena? Que implicações essa escolha de escala traz em termos da quantidade de detalhes e informações que podem ser contidas nele?
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7) A generalização cartográfica é um processo inerente à confecção de mapas. Explique o que é a generalização cartográfica e por que ela se torna necessária, especialmente quando há uma redução da escala de representação.
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8) Se o objetivo de um estudo geográfico é analisar os padrões de distribuição global das grandes placas tectônicas, qual tipo de escala de mapa (grande ou pequena) seria mais apropriado para essa investigação e quais seriam as vantagens dessa escolha?
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9) Observe a imagem de uma escala gráfica hipotética abaixo:
Considerando a escala gráfica apresentada acima, se a distância real entre duas cidades é de 600 km, quantos centímetros essa distância representaria no mapa correspondente a essa escala?
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10) A escala é um elemento essencial na geografia, pois influencia diretamente a forma como percebemos e analisamos os fenômenos espaciais. Discuta como a relação entre a escala de um mapa e a escala dos fenômenos geográficos (locais, regionais, globais) é crucial para uma análise geográfica eficaz. Cite exemplos de fenômenos que seriam melhor representados em diferentes escalas.
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| Habilidades trabalhadas na atividade de escala cartográfica | Descrição |
| EM13CHS101 | Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais. |
| EM13CHS106 | Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. |
| EM13CHS206 | Analisar a ocupação humana e a produção do espaço em diferentes tempos, aplicando os princípios de localização, distribuição, ordem, extensão, conexão, arranjos, casualidade, entre outros que contribuem para o raciocínio geográfico. |
Gabarito da atividade de escala cartográfica
Atividade 1: A escala cartográfica é a relação de redução entre a distância real na superfície terrestre e sua representação em um mapa. Sua importância é fundamental porque ela nos permite saber o “quanto” a realidade foi diminuída para caber no mapa, possibilitando o cálculo de distâncias e áreas reais, além de nos ajudar a entender o nível de detalhe que o mapa oferece.
Atividade 2: A escala numérica (ou fracionária) é expressa por uma fração ou uma razão, como 1:100.000 ou 1/100.000. Nela, o numerador (quase sempre 1) representa uma unidade de medida no mapa e o denominador representa quantas unidades da realidade essa uma unidade do mapa equivale. Por exemplo, 1:100.000 significa que 1 cm no mapa equivale a 100.000 cm na realidade (ou 1 km). A escala gráfica é representada por um segmento de reta graduado, que indica as distâncias reais correspondentes a cada trecho no mapa. Ela é vantajosa porque, mesmo que o mapa seja ampliado ou reduzido (digitalmente ou por cópia), a escala gráfica se altera proporcionalmente, mantendo a relação correta com a realidade.
- Exemplo de escala numérica: 1:50.000
- Exemplo de escala gráfica: —0 5 10 15 km—
Atividade 3:
A) 1:10.000 permite um maior nível de detalhe na representação. Um denominador menor significa uma redução menos drástica, o que possibilita mostrar mais feições e elementos da paisagem.
- B) 1:5.000.000 representa uma área maior. Isso ocorre porque o denominador é muito maior, indicando uma redução mais significativa da realidade.
Atividade 4: Para calcular a distância real, primeiro convertemos a escala para uma unidade mais compreensível. A escala é 1:250.000, o que significa que 1 cm no mapa equivale a 250.000 cm na realidade.
- Convertendo centímetros para quilômetros: 250.000 cm = 2.500 metros = 2,5 km.
- Então, 1 cm no mapa equivale a 2,5 km na realidade.
- Se a distância no mapa é de 4 cm, a distância real será: 4 cm * 2,5 km/cm = 10 km. A distância real entre as duas cidades é de 10 km.
Atividade 5: Para planejar a rede de esgoto de um bairro, que é uma área pequena e exige grande precisão e detalhamento, seria mais adequada uma escala grande. Mapas de grande escala (com denominadores pequenos, como 1:5.000 ou 1:10.000) representam áreas menores com muito mais detalhes, permitindo visualizar ruas, lotes, construções e outros elementos essenciais para um planejamento urbano minucioso.
Atividade 6: Um mapa-múndi representa uma área vastíssima (todo o planeta Terra), o que exige uma redução extrema da realidade. Por essa razão, ele possui uma escala muito pequena (com um denominador muito grande, por exemplo, 1:50.000.000 ou menor). Isso implica que ele apresentará um baixo nível de detalhe, sendo impossível representar elementos como cidades pequenas, rios de menor porte ou rodovias. O objetivo principal desses mapas é mostrar continentes, países, grandes oceanos e fenômenos em escala global.
Atividade 7: A generalização cartográfica é o processo de simplificação, seleção e simbolização de informações em um mapa quando a escala diminui. Ela ocorre porque, ao reduzir uma área maior em um espaço menor (pequena escala), não é possível manter todos os detalhes da realidade. Elementos como rios sinuosos podem ser retificados, pequenas cidades podem ser omitidas, e áreas complexas podem ser simplificadas em símbolos. É um processo necessário para que o mapa permaneça legível e compreensível na nova escala.
Atividade 8: O tipo de escala de mapa mais apropriado para essa investigação seria a pequena escala. As vantagens dessa escolha são que mapas de pequena escala (com denominadores grandes) permitem visualizar vastas extensões territoriais, como continentes e oceanos inteiros, o que é essencial para mapear as placas tectônicas, que são estruturas geológicas de dimensão planetária. Além disso, com uma escala pequena, é possível ter uma visão geral das relações entre as placas, suas zonas de encontro e seus movimentos em um contexto mundial, identificando padrões de distribuição global, sem se prender a detalhes que seriam irrelevantes para essa análise em larga escala
Atividade 9: Na escala gráfica descrita, o segmento de 0 a 100 km representa uma determinada distância no mapa. Para uma distância real de 600 km, que é seis vezes 100 km, seriam necessários seis desses segmentos no mapa. Se o segmento de 100 km no mapa mede (por exemplo) 1 cm, então 600 km seriam representados por 6 cm. (Para uma resposta exata, seria necessário medir o segmento de 100 km na imagem.)
Atividade 10: A relação entre a escala de um mapa e a escala dos fenômenos geográficos é crucial para uma análise geográfica eficaz porque a escolha da escala do mapa deve estar alinhada com a abrangência do fenômeno que se deseja estudar. Um mapa com escala inadequada pode levar a interpretações errôneas ou à incapacidade de visualizar as interações espaciais relevantes.
- • Para fenômenos locais (ex: o traçado de ruas em um bairro, a localização de um parque), são necessárias grandes escalas (como 1:5.000 ou 1:10.000). Elas permitem o detalhamento preciso dos elementos na paisagem.
- • Para fenômenos regionais (ex: a distribuição de determinado tipo de vegetação em um estado, o fluxo de uma bacia hidrográfica), são mais adequadas escalas médias (como 1:250.000 ou 1:1.000.000). Elas mostram uma área maior com detalhes suficientes para compreender padrões regionais.
- • Para fenômenos globais (ex: correntes marítimas, distribuição de biomas no planeta, o avanço do desmatamento na Amazônia em sua totalidade), utilizamos pequenas escalas (como 1:50.000.000 ou 1:100.000.000). Elas possibilitam a visualização de grandes áreas, mesmo que com menos detalhes, focando nas grandes estruturas e tendências mundiais. A compreensão dessa relação é fundamental para o geógrafo “dar o zoom” certo na realidade que pretende investigar.